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segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Protocolo de Distúrbio de Voz relacionado ao Trabalho - DVRT



 

A escola constitui um ambiente importante na configuração da realidade de vida do professor e dos aspectos relacionados às condições e organização do trabalho docente, os quais repercutem sobre os processos de saúde-doença. 
Observa-se que em determinadas áreas, como a fonoaudiologia, é crescente a preocupação com a saúde do docente, especialmente sua saúde vocal.

Entre as principais queixas no trabalho docente esta: 
  1. Salas quentes, mal ventiladas, com presença de poeira, sujeira, pó de giz, ruído interno e externo, 
  2. Problemas na organização do trabalho, com relações sociais estressantes, permeadas por sentimentos negativos como agressividade, indisciplina, desrespeito e violência. 
Tais condições, adversas à saúde geral e vocal, predispõem o sujeito a irritações laríngeas, competição sonora e uso abusivo ou inadequado da voz, que ocasionam alterações vocais.
Assim, ações de promoção da saúde poderiam se configurar como espaços sociais para a tomada de consciência, reflexão, discussão e ação transformadora da realidade no tocante às condições e organização do trabalho, à escola como um ambiente saudável e à qualidade de vida. 

Estudos apontam dificuldades na percepção do processo saúde–doença e aspectos associados ao trabalho, à qualidade de vida no trabalho e à saúde que se encontram desfavorecidos e possivelmente relacionados a problemas com a saúde vocal entre docentes. 
Esses fatores sinalizam demandas a serem consideradas no planejamento e na implementação de ações de promoção da saúde voltadas às comunidades escolares (professores). Na perspectiva de se vislumbrar propostas de promoção da saúde nas escolas, sugerem-se ações norteadas pela integralidade, interdisciplinaridade e intersetorialidade.
Essas ações devem ser pautadas por processos educativos de caráter processual que se configurem como espaços de reflexão, diálogo, discussão, troca de saberes e de construção partilhada do conhecimento e de construção coletiva de movimentos de transformação na sociedade. 

Uma vez ampliados os focos da ação fonoaudiológica, as oficinas e dos grupos de vivência de voz seriam um espaço social possível para as intervenções.

Click aqui: Protocolo DVRT


Fonte: PENTEADO. Regina Zanella; PEREIRA, Isabel Maria Teixeira Bicudo.Qualidade de vida e saúde vocal de professores. Rev Saúde Pública 2007;41(2):236-43. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v41n2/5638.pdf>. acessado em 19/12/2011.

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